A COMUNHÃO DA FAMÍLIA DE DEUS
A COMUNHÃO DA FAMÍLIA DE DEUS
Nesta lição você vai
aprender:
A
importância de manter vínculos de comunhão na Igreja;
O que
é uma célula da igreja;
Como
ter comunhão com os santos.
Três dobras não se
rebenta com facilidade. (Ec 4.9-12)
O rato com um elefante.
Não possuem o mesmo tipo de vida. Porque você agora é luz, não pode mais ter
comunhão com as trevas. Você não consegue mais manter um relacionamento
estreito, de compartilhamento profundo com aquele que não possui a vida de Deus
dentro de si. Para esse tipo de convivência, você precisa da sua família espiritual.
b. Você não pode
crescer sozinho
Assim como uma criança aprende com seus pais
e irmãos mais velhos, você também precisa de irmãos e pais espirituais para
crescer em Deus. Negligenciar isso só trará prejuízos para você.
Existem igrejas aonde as pessoas vão apenas
para fazer campanhas e buscar uma bênção. Não é errado, mas isso não é ser
Igreja. Além do mais, apenas tais ações não o levarão a crescer. Há ocasiões em
que você precisa ser exortado, corrigido, motivado ou encorajado, algumas vezes
carregado e, provavelmente, muitas vezes, perdoado.
Para crescer, você precisa ter compromisso e
relacionamento com Deus e a única forma de tê-los é através do Seu corpo, a
Igreja.
c. A comunhão é
segurança para você
Não é difícil imaginar o que acontece com
uma brasa sozinha, fora do braseiro. Nem tampouco é preciso discutir a
inutilidade de um soldado que vai sozinho para a guerra. A comunhão da Igreja é
segurança espiritual para você. Por meio dela, seu fogo é mantido e suas
batalhas são vencidas. Aprendemos em
Eclesiastes que o cordão de três dobras não se rompe facilmente.
Melhor é serem dois do que um... Porque se
caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo,
não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos eles se aquentarão;
mas um só, como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois
lhe resistirão; o
cordão do cristianismo não é para ser vivido sozinho.
A vida em comunidade é a forma bíblica de
vivermos a vida cristã. Quanto mais você crescer em Deus e alcançar intimidade
com Ele, mais próximo você estará das pessoas, dos irmãos. Imagine um círculo.
Agora pense que Deus está no meio desse
círculo e nós, na periferia, na beirada.
Pode ser que eu esteja
de um lado do círculo e você do outro, mas, à medida que nos aproximamos de
Deus, surpreendentemente, nos aproximamos um do outro. A única maneira de
demonstrarmos nossa intimidade com Deus é na comunhão com os irmãos.
1. Por que a comunhão é tão importante?
Não importam a sua
teologia correta, os seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica:
se você é individualista e não tem comunhão com a igreja, está fora da vontade
de Deus.
Sem comunhão você é um tijolo fora da construção,
um membro fora do corpo, um soldado perdido no campo de batalha, ou seja, uma
incoerência, uma contradição, uma vida sem propósito. Você precisa se
relacionar na igreja por inúmeras razões:
a. Você é parte de uma
mesma família
A Bíblia ensina que somos
da família de Deus: Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a
todos, mas principalmente aos da família da fé. (Gálatas 6.10)
Assim, já não sois
estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da
família de Deus. (Ef
2.19)
b. O
que une você a seus irmãos naturais é muito mais que viver debaixo do mesmo teto.
Você leva a mesma carga genética da sua
família.
c. O
mesmo se aplica à igreja. Somos uma família, não só porque cultuamos a Deus no
mesmo local, mas porque compartilhamos a mesma vida que vem de Cristo, temos a mesma
carga genética espiritual: somos filhos de Deus.
d. Cristo se manifesta
na comunhão
Normalmente, as pessoas
se expressam por meio do próprio corpo. Porém, se de alguma forma o nosso corpo
está inválido, então não temos como nos expressar e fazer o que queremos. O
mesmo princípio se aplica a Cristo e à Igreja.
A Igreja é o corpo de Cristo e é por meio dela
que Ele se expressa. Por isso Ele disse que "onde houver dois ou três
reunidos no nome dele, ali ele estará no meio deles" (Mt 18.20). De certa
forma,
estar fora da comunhão
é estar distante da presença do Senhor.
e. Há poder quando
estamos juntos
Jesus disse: ... se
dois dentre nós, sobre a Terra, concordarmos a respeito de qualquer coisa que,
porventura, pedirmos, ser-nos-a concedida pelo nosso Pai, que está nos Céus.
(Mt 18.19)
Existem certas orações que só serão atendidas
se orarmos juntos, em concordância, em comunhão. Há muita coisa que você poderá
fazer sozinho, mas as maiores e as mais importantes sempre deverão fazer em
equipe, seja na célula ou na igreja.
f. A comunhão convence
o mundo de que Jesus é Deus
Uma das orações mais fantásticas da história
está em João 17. Ali, Jesus pede ao Pai algo simplesmente espantoso: para que
os irmãos na igreja sejam um, assim como Ele e o Pai são um. Você consegue
imaginar isso? Jesus é um só Deus junto com o Pai.
Mas, o mais
extraordinário é o motivo pelo qual fez essa oração.
Ele disse:
E como és tu, ó Pai, em
mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me
enviaste. (Jo. 17:21 e 23)
O mundo somente crerá em Jesus, se vivermos
uma vida de comunhão e unidade. A comunhão ganha mais gente para o reino de
Deus do que o evangelismo. Na verdade, Jesus disse que só nos reconheceriam
como seus discípulos se amássemos uns aos outros (Jo 13.35). A comunhão é o
meio pelo qual expressamos esse amor ao mundo.
g. Somos membros uns
dos outros
A ordem de Deus para nós é que sirvamos uns
aos outros.
Servi uns aos outros,
cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça
de Deus. (1 Pe 4.10)
A Igreja é o sonho que estava oculto no
coração de Deus desde a eternidade.
Você tem o privilégio
de ser parte desse sonho de Deus.
A palavra comunhão, no original grego, é Koinonia.
E, literalmente significa vida compartilhada. Ninguém possui a plenitude de
Cristo dentro de si.
Mas, quando temos comunhão, é como se as diversas partes se ajuntassem e formassem um todo, então a plenitude do Senhor se manifesta.
Mas, quando temos comunhão, é como se as diversas partes se ajuntassem e formassem um todo, então a plenitude do Senhor se manifesta.
2. Como ter comunhão
numa igreja?
Comunhão é muito mais que ir ao culto e
sentar-se ao lado de um irmão cujo nome, provavelmente, você nem sabe. Existe
uma comunhão espiritual que une todos os crentes de todas as épocas. Isto é
real e muito bom, mas nós também precisamos de uma comunhão viva que envolva
comunicação.
Todos necessitamos conhecer e ser
conhecidos, compartilhar nossa vida e nos sentir parte de uma comunidade.
Por isso, o tamanho a igreja pode, a
princípio, assustar você. Mas não se preocupe. Quando nos reunimos em células,
também podemos ser uma igreja bem pequena. Nas celebrações de domingo, você
terá comunhão com toda a igreja, no espírito. Mas, durante a semana, nas
células, você desfrutará da vida da igreja, da comunhão dos irmãos de forma
prática e íntima.
a. Dois tipos de
reuniões
Podemos ter dois tipos
de reunião: a celebração, aos domingos, e a célula.
Na reunião de celebração, aprendemos a Palavra
e ministramos a Deus como Corpo.
Na célula, servimos uns aos outros, conhecemos
e somos conhecidos uns pelos outros.
b. O que é uma célula?
A célula é um local de vida. São ramos
espalhados por toda a cidade. É o nosso
jeito de ser Igreja.
De maneira prática, a célula é um grupo de 5
a 15 pessoas que se reúne semanalmente para aprender como ser uma família,
adorar ao Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros, orar uns pelos
outros e levar pessoas a Cristo.
Normalmente, cada célula possui, no mínimo,
cinco pessoas e não deveria ultrapassar o limite de quinze membros. Quando
chega a esse limite, deve se multiplicar, ou seja, dividir-se em duas novas
células. Você, certamente, já está participando de uma célula que brevemente se
multiplicará e, então, poderá ver esse processo maravilhoso acontecendo.
b. Os objetivos de uma
célula
De forma geral, a
finalidade da célula é ser igreja de maneira prática, ministrando uns aos
outros.
Resumimos seus
objetivos em quatro pontos:
Comunhão - através do desenvolvimento de uma vida compartilhada, alvos comuns
e aliança mútua entre todos os membros.
Ensino - proporcionando um ambiente favorável ao crescimento espiritual,
aprendizado prático e disciplina em amor.
Multiplicação - é onde alimentamos, guardamos e
suprimos os novos irmãos.
Serviço - na célula, cada membro é um ministro que exercita seus dons
para o serviço mútuo.
Atos 2.42-47 constitui
um retrato daquilo que estamos buscando nas células:
E
perseveravam na doutrina dos apóstolos ...
...e
na comunhão, no partir do pão ...
...e
nas orações ...
todos
os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum ...
...
distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
Perseveravam
unânimes no templo ...
...
partiam o pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e
singeleza de coração
...
...
enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo
salvos.
As células são a nossa expressão como
Igreja. Não nos preocupamos em realizar atividades diferentes ou ter
programações variadas. O que fazemos é concentrar-nos num único objetivo:
edificar células fortes que se multipliquem a cada ano.
É nas células que a nossa igreja precisa
acontecer. Ensino, cuidado mútuo, compartilhamento, amor, encorajamento, dons,
serviço, tudo é feito nelas e através delas, afinal, nós somos uma igreja em
células.
3. Dicas
A Bíblia ensina muitas
maneiras de termos comunhão com os irmãos. Pratique-as em
sua célula:
Ame os
irmãos.
Novo mandamento vos
dou: que vos ameis uns aos outros: assim como eu vos amei, que também vos ameis
uns aos outros. (Jo 13.34).
Acolha
os novos.
Portanto, acolhei-vos
uns aos outros, como também Cristo nos acolheu, para a glória de Deus. (Rm
15.7)
Beije-os
quando os encontrar.
Saudai-vos uns aos
outros com ósculo de amor. (IPe 5.14)
Coopere
com os irmãos.
Para que não haja
divisão no Corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em
favor uns dos outros. (ICo 12.25)
Sujeite-se
a eles.
Sujeitando-vos uns aos
outros no temor de Cristo. (Ef 5.21)
Não
julgue a ninguém.
Não nos julguemos mais
uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou
escândalo ao vosso irmão.(Rm 14.13)
Não fale
mal.
Irmãos, não faleis mal
uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da
Lei e julga a Lei; ora, se julgas a lei, não és observador da Lei, mas juiz.
(Tg 4.11)
Não
reclame dos outros.
Irmãos, não vos
queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às
portas. (Tg 5.9)
Não brigue.
Se vós, porém, vos
mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.
(GL 5.15)
Não
seja exibido.
Não nos deixemos
possuir de vanglória, provocando uns aos
outros, tendo inveja
uns dos outros. (GL 5.26)
Não
minta.
Não mintais uns aos
outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos
revestistes do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou. (CL 3.9-10)
Edifique
os irmãos.
Consolai-vos, pois, uns
aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo. (ITs
5.11)
Instrua
e aconselhe.
Habite, ricamente, em
vós a Palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a
sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com
gratidão, em vosso coração. (CL 3.16)
Exorte
nas reuniões.
Pelo contrário,
exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de
que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. (Hb 3.13)
Sirva
aos irmãos.
Porque vós, irmãos,
fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à
carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. (GL 5.13)
Ajude-os
a levar as cargas.
Levai as cargas uns dos
outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. (GL 6.2)
Seja
hospitaleiro.
Sede, mutuamente,
hospitaleiros, sem murmuração. (IPe 4.9)
Perdoe
a quem o ofender.
Antes, sede uns para
com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus, em Cristo, vos perdoou. (Ef 4.32)
Não se
veja mais santo que os outros.
Confessai, pois, os
vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados.
Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. (Tg 5.16)
Suporte
os mais fracos.
Ora, nós que somos
fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós
mesmos. (Rm 15.1)
Agrade
aos irmãos.
Portanto, cada um de
nós agrade ao próximo no que é bom para edificação, Porque também Cristo não se
agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam
caíram sobre mim.
(Rm 15.2,3)
Sofra
o dano.
O só existir entre vós
demandas já é completa derrota para vós outros. Porque não sofreis, antes, a
injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? (1Co 6.7)
Considere
o outro superior.
Nada façais por
partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros
superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu,
senão também cada qual o que é dos outros. (Fp 2.1-3)
Nenhum comentário
Deixe seu comentário.