Jovens Fortes e Constantes

“Os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não
se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim
o SENHOR, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre. O cetro dos
ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda a
mão à iniqüidade. Faze o bem, SENHOR, aos bons e aos retos de coração. Quanto
aos que se desviam para sendas tortuosas, levá-los-á o SENHOR juntamente com os
malfeitores. Paz sobre Israel!” Sl 125.1-5
As montanhas e os montes sempre foram um símbolo de força,
de permanência, de firmeza. Essa é a característica inerrante daqueles que
depositam as suas expectativas e a confiança do coração no Senhor. São pessoas
de pés firmes, passos certos. Ao contrário dos ímpios, vacilantes em todos os
seus caminhos.
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Na Bíblia vemos dois montes que representam duas eras, duas
dispensações. O primeira é o Sinai, também chamado de Monte Horebe. O segundo é
Sião, o monte do Senhor, cidade de Davi. Gostaria de iniciar minha pregação
falando um pouco desses dois montes e do porque do salmista nos levar a Sião e
usá-lo como representatividade da igreja.
1. O Monte Sinai – Ex 19 e 20
Em via de regra, o Sinai aponta para a Lei. Foi lá que
Moisés passou 40 dias de jejum buscando a glória de Deus e recebeu dEle a Sua
lei. A Lei é uma manifestação de Deus. É uma medida. Para quem não conhecia
nada de Deus aquela era uma manifestação e tanto. Daria rumo e segurança ao
povo. Daria a eles tranquilidade em saber o que fazer e o que não fazer.
Certeza sobre as consequencias de suas escolhas e o caráter do seu Deus.
Todavia a experiência do Sinai é uma experiência exclusivista. Apenas Moisés se
encontrou com Deus ali. É uma experiência assustadora, de tal forma que o povo
não quis se relacionar com Deus, antes pediram para que Moisés falasse com Ele
e depois lhes contasse sobre o que Ele falou. O Sinai é maravilhoso, mas a
glória revelada nEle é passageira, momentânea. O Sinai é um ponto essencial na
caminhada cristã. É um lugar de muitos ensinos, edificação e comunhão com Deus,
mas é passageiro.
2. O Monte Sião – Sl 125
O Monte Sião era a fortificação de Jerusalém e foi tomado
por Davi dos jebuzeus, sendo o último ou um dos últimos territórios cananeus
conquistados por Israel. Depois dessa conquista, o rei passa a chamar este
lugar Cidade de Davi.
Foi em Sião que o Templo de Salomão foi construído. Era
ali que a arca agora HABITAVA. Sião aponta, assim como o Sinai, para uma nova
medida de revelação de Deus, mas agora uma revelação íntima, inclusiva,
convidativa.
O monte de Sião é o monte do Senhor. Era uma espécie de refúgio de
Davi. Enquanto o Sinai aponta para a Lei, o Sião aponta para uma nova dispensação,
a dispensação da graça. Se Davi viveu uma dispensação na frente de seu tempo,
Sião é o maior símbolo disso. Tanto é que a igreja neotestamentária é chamada
de Sião. E Sião passa a ser uma referencia quando se quer dizer de todo o povo
de Israel. Sião é um lugar de adoração íntima e incessante. O louvor era uma
característica presente e diferenciadora no tempo do Rei Salomão.
Deus
deseja se revelar no Sinai para nós, quer que passemos por lá. Mas o lugar no
qual somos convidados a estabelecer morada é Sião. Segundo o texto que vemos no
início da mensagem, Sião é um símbolo do povo e um símbolo de força e
constância. E é sobre isso que queria tratar na palavra. Muito se diz dos
adolescentes. E quando se fala dessa etapa da vída e das pessoas que nela se
encontram é que são fracas, frágeis e sobreturo inconstantes e superficiais.
Gostaria de tocas em alguns pontos e abordagens bíblicas sobre isso, pois creio
que a geração de adolescentes que o Senhor quer levantar é na contramão desses
valores. É a geração forte e constante. São os adolescentes em Sião, como as
montanhas.
1. Vos escrevo porque sois fortes – I Jo 2.14-17
Ao contrário do que diz o mundo, a característica marcante
dos jovens na bíblia é a sua força para vender o pecado e as coisas mundanas.
Aqui encontramos a mesma referência do salmista: “permanecem eternamente”. A
chave disso é fazer a vontade de Deus e perseverar contra o mundo. Vencendo a
concupciência dos olhos, da carne e a soberba da vida.
2. A alegria do Senhor é a nossa força – Nm 8.10
A alegria em fazer a vontade de Deus e saber que o Senhor se
alegrava no que estava sendo realizado era tão grande em Neemias que o
capacitou a permanecer forte. Mas forte de uma maneira tão poderosa que
escreveu uma das histórias de liderança mais espetaculares da Bíblia. Um homem
comum, um copeiro, com um encargo no coração, liderou a reconstrução de todo o
muro de Jerusalém em exatos 52 dias e cercado de diversas resistências internas
e externas.
3. A força na obediência – Lc 6.46-49
Aqui vemos uma línha de raciocínio simples. Cristo é
manifestado na obediência, que é a rocha que reforça e firma a vida de quem
pratica a palavra. Cristo é o Verbo, ou seja, a Palavra, mas não apenas a
Palavra, e sim a Palavra viva, ativa. E é exatamente isso que é obedecer, é
viver a Palavra. Portanto Cristo é a própria obediência. A Palavra deve ser
nosso guia, mas não nos servirá de nada se não for praticada, mas quando
praticada nos fará fortes e inabaláveis. Por fora os inabaláveis são comuns.
Mas suas raízes firmadas fazem dele prevalecentes. E essa força é revelada
justamente pela tempestade.
4. O princípio do vencedor
O princípio do vencedor na Bíblia não é ser o melhor, ou
chegar em primeiro lugar, mas simplesmente chegar, é completar a carreira. Por
isso, uma palavra chave nas cartas de Paulo é PERSEVERANÇA.
5. O princípio da batalha da fé
Paulo diz que completou a carreira guardando a fé. O que
isso quer dizer? Primeiro precisamos entender que o tempo todo em suas cartas
Paulo diz que a vida cristã não é vivida pelo esforço, mas sim pela graça,
mediante a fé. Fé não é esforço. A nossa única batalha, a qual devemos travar
até o sangue é a de não fazer nada, mas permanecer constantes, inabaláveis,
perseverantes, crendo.
Por Ruben Rodrigues
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