Betel (2ª fase)

Betel
Lidando com o Mundo
De Gilgal, agora temos de
avançar em nossa jornada até Betel.
O que significa o nome Betel?
Novamente,
descubramos onde, na Bíblia, Betel é mencionado pela primeira vez e, assim,
poderemos decifrar o que significa para nós hoje em dia.
Leia, por favor, Gênesis
12.8. Betel era o lugar onde Abraão edificou um altar. Um altar tem o
propósito de estabelecer comunicação com Deus quando a pessoa oferece
sacrifícios e entrega-se a Ele por inteiro.
Gênesis 12.9-14 relata a
descida de Abraão ao Egito. Ali, ele não edificou qualquer altar. Sua
comunicação com Deus foi interrompida, e o seu coração de consagração, posto de
lado — o que.assinala a diferença entre Betel e Egito.
Logo, Betel significa
tudo o que é contrário ao que o Egito representa.
Gênesis 13.3 e 4 registra
algo muito significativo: "Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel,
até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai; até ao lugar
do altar, que outrora tinha leito; e aí Abraão invocou o nome do Senhor".
Abraão havia perdido a
comunhão com Deus enquanto estava no Egito. Contudo, quando voltou ao lugar
original ou seja, Betel, ele invocou, mais uma vez, o nome do Senhor. Apenas na Betel espiritual as
pessoas terão comunhão com Deus e se entregarão a Ele.
Por conseguinte, ao passo que
Gilgal fala a respeito de vencermos a carne, Betel fala sobre vencermos o
mundo, pois, nas Escrituras Sagradas, o Egito representa o mundo.
Vencer o mundo é uma condição
para o arrebatamento e para receber o poder do Espírito Santo. Nossa vida
deve chegar ao ponto de o mundo ser incapaz de afetar nosso coração.
Quanto, na verdade, estamos
separados do mundo?
Será que expressamos, por nossa vida, que nos separamos do
mundo?
Será que as nossas atitudes e palavras demonstram que não pertencemos
mais a este mundo?
E quanto às nossas intenções?
Será que alimentamos algum desejo secreto pelas coisas do mundo?
Será que, de
forma sub-reptícia, buscamos o louvor dos homens?
Será que nos permitimos
sofrer muito interiormente por causa da calúnia dos homens?
Quando sofremos alguma perda
material, sentimos esta perda com intensidade?
Existe alguma diferença entre
o que sentimos pelo mundo e o que as pessoas do mundo sentem?
Se nosso coração não vencer
completamente o mundo, e, se as pessoas, coisas ou os acontecimentos deste
mundo ainda ocuparem lugar dentro de nós, não seremos capazes de atingir nosso
objetivo.
O crente deve pagar o preço
por seguir ao Senhor se espera ser cheio do Espírito Santo (...). Precisamos
abrir mão do mundo e aprender a comunicar-nos com Deus no altar da consagração.
A consagração e a comunhão são indispensáveis.
No Egito, não era normal
haver fome; todavia, quando havia, sobravam apenas os velhos grãos para
sustentar os moradores. Contudo, em Canaã, parecia ocorrer fome com freqüência.
Espiritualmente falando, isso indica que, no mundo, há pouca ou nenhuma fome,
pois aquele que vive no mundo não apenas está no mundo, mas também pertence ao
mundo.
Porém, para as pessoas que
vivem em obediência a Deus, às vezes haverá fome, pois, pela
comparação, há pouca ou nenhuma tentação no mundo, ao passo que no caminho da
obediência podem existir muitas tentações.
Entretanto, esse é o caminho
para o poder para o arrebatamento. Ainda que a tentação seja grande, sempre há
livramento com Deus (veja 1 Co 10.13).
Logo, sejamos vigilantes e
fiéis. Se não formos cautelosos, voltaremos ao Egito, onde não existem
consagração ou comunhão com Deus.
Permanecer no Egito, ainda que temporariamente,
significa pecar durante certo tempo. Deve ser muito patético e digno de dó
alguém "fixar residência" permanente ali. Embora a pessoa
possa até evitar a tentação, não existe altar no Egito.
Algumas pessoas são
semelhantes a Abraão, que não foi diretamente ao Egito. Primeiro, ele rumou
para. o Oriente, que era na direção do Egito, embora não houvesse ainda chegado
ao Egito.
Estar no Oriente pode ser descrito espiritualmente como
pertencer metade ao mundo e metade a Deus.
No entanto, no Oriente também
não existe altar: não há comunhão com Deus. Betel, por sua vez, é um local
completamente separado, não se trata do Egito do mundo nem do Oriente da
aceitação carnal.
Calcula-se que entre dois e
três milhões de israelitas saíram do Egito, ainda que Deus não tenha permitido
que nenhum deles edificasse um altar no Egito.
Para que esses israelitas servissem
a Deus de verdade, era preciso que partissem do Egito e viajassem durante três
dias (Êx 8.25-27)!
No Egito, eles poderiam
realizar a Páscoa, pois Deus os havia libertado do castigo do pecado que era a
morte. Porém, para que estivessem sob o nome do Senhor e O adorassem,
precisavam abandonar o Egito.
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